Livro "A Concha Mágica" de José Eduardo Agualusa é a nossa Dica de Leitura


Agualusa é um dos mais importantes escritores em língua portuguesa da atualidade. Nascido em Angola, mudou-se ainda jovem para Portugal, para estudar agronomia e silvicultura. Acabou alterando a sua carreira para o jornalismo, passando a colaborar para vários jornais, entre eles o Público. Sua obra foi traduzida para mais de 25 idiomas, e em 2016 foi um dos finalistas do Prêmio Man Booker, pelo romance Teoria geral do esquecimento.  

É autor de romances, contos, novelas, livros infantis e peças de teatro. Sua estreia ocorreu, em 1988, com A conjura, romance que lhe valeu o Prêmio Sonangol Revelação de Literatura de Angola. Seus livros percorrem muitas realidades, mas estão mais centrados em personagens do que em lugares. Alguns deles são baseados em figuras reais como a poetisa Lídia do Carmo Ferreira (Estação das chuvas) e a rainha Ana de Sousa (A rainha Ginga).  

Também publicou Nação crioula, vencedor do Grande Prêmio de Literatura RTP, Fronteiras perdidas, Barroco tropical, e O vendedor de passados, que ganhou o Prêmio Independente de Ficção Estrangeira do jornal The Independent. Em 2017, venceu o Dublin Literary e, com o prêmio em dinheiro recebido, pretende instalar uma biblioteca pessoal na Ilha de Moçambique, aberta aos habitantes do local. 

José Eduardo Agualusa acredita que os livros são um território de pensamento e a literatura é um exercício permanente de colocar-se na pele do outro. Seu romance mais recente é A sociedade dos sonhadores involuntários, lançado em 2017 e que é uma fábula política, satírica e divertida, que desafia e questiona a natureza da realidade.

Sobre a obra: 

O livro conta estória da menina Nketu que numa madrugada, ela sonha com uma árvore a sangrar, a árvore sangrava como uma pessoa, Nketu ao despertar do sono, sentiu-se desconfortável, pensou que iria morrer, sentia frio, fraqueza, ela não sabia que viria um novo estado na sua pequena vida.

Nketu lembrou de uma concha deixada pela sua querida bisavó, portanto, recorreu a ela, mas nas  suas antigas tentativas nunca  ouviu aquilo que a sua dissera, que era ouvi-la dentro da concha, mas naquele dia, foi o seu dia de sorte, Nketu ouvia a voz da salvação, a voz doce de sua querida bisavó... 

Nas próximas oportunidades, voltaremos com mais uma Dica de Leitura. Quem lê, é um bom emissor.

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