(Di)Versos: "Arte e Poesia" de Alex Soares

Apresentamos nesta 1ª publicação do (Di)Versos, a "Arte e Poesia" de Alex Soares da Silva, um buiquense de DIVERSOS Dons.


Mentiras...

Suja e calma que desilude
O tolo que busca por bobagens
Que ele acredita ser atitude
Mais que cada vez o joga para margem

Um castelo feito de pó
Fragmentos e ilusões
Que às vezes ele acredita só
Por um minuto ou gerações

Continue com essa porca mentira
Mentira doce, amarga verdade
Mentira que me traz ira
Na falta de sanidade.


No fim da noite um bar

Na estrada triste se esvazia
Perder ou vencer tanto faz
Todo sonho que queria
Como castelo de areia se desfaz

E agora a vida é só isso
Triste fim em agonia
Tudo parece desperdício
No fim, o fim de mais um dia

Andar sem rumo, só andar
Mas uma vez quem diria
No fim da noite um bar
Me afogarei em poesia.


 Cobras

O meu Deus não deu asa as cobra
Pra elas sair vuando
mermo arrastando o bucho no chão
elas anda o povo do mundo envenenando

Cascavé num pode dar pernada
Mermo assim elas são pirigosa
Se você mexer cum ela
Ela balança a baje toda nervoza

Sou filho da cascavé
Corro o campo, eu sou ligeiro
No mundo tem cobra de todo jeito
Tem cobra de gravata doida por dinheiro.


Fim...

Os pássaros nas florestas
Estrela, planeta, pudim
As bebedeiras e as ressacas
Tudo no universo tem fim 

Tudo um dia nasce
Seja bom ou ruim
Cresce, trepa e fode-se
Tudo no universo tem fim

A dor e alegria
Lágrimas e amendoins
Toda a latomia
Tudo no universo tem fim.


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